quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

veja o que mudou no Chevrolet PrismaSedã que custa a partir de R$ 31 mil tem novo interior e discretas mudanças externas




O discreto face lift que a GM do Brasil promoveu no Chevrolet Celta também chegou ao seu "irmão sedã", o Prisma (R$ 31.344 a R$ 36.958), carro que, na linha de produtos da marca, está logo acima do barato Classic.

As pequenas mudanças no Prisma 2012 incluem nova grade, com barra central na cor do veículo e a gravata dourada ao centro, seguindo a nova identidade visual da Chevrolet, já vista no Agile. Na traseira, ganha destaque a inclusão de um largo friso cromado que acompanha as linhas das lanternas, seguindo o padrão encontrado no Chevrolet Vectra. As maçanetas e os retrovisores também são na cor do veículo para todas as versões.

As modificações mais expressivas, no entanto, estão no interior do carro. O consumidor vai notar novo volante, novos tecidos nos bancos, mais porta-objetos e porta-copos e um novo painel de instrumentos, com grafismos diferentes e iluminação azul, que também está virando padrão dos carros da marca. Os botões de controle do ar-quente e ar-condicionado ganharam visual mais moderno, e a versão top do carro tem plásticos na cor cinza, que, segundo a montadora, aumentam a percepção de valor.



Para o público alvo desses veículos - consumidores da classe C que, segundo a GM, querem seu primeiro carro zero -, o Prisma é a opção "aspiracional", aquela procurada por quem quer dar um upgrade na garagem, enquanto o Celta é o carro racional, barato no preço e na manutenção. 

Embora o acabamento do Prisma não seja um primor - com muito plástico duro, encaixes imprecisos e rebarbas -, é evidente que a nova iluminação do painel ajudou a dar um upgrade no carro, que tem como maior atrativo o bom motor 1.4 e o porta-malas, grande para a categoria. 

Nas ruas, o comportamento do Prisma permanece exatamente igual. A reportagem do R7 testou o carro por 100 km na região de Porto Alegre (RS), em percurso que misturou estrada e cidade.



Motor 1.4 é maior trunfo do Prisma 

Acelerar o 1.4 (97/96 cv, com álcool/gasolina) do Prisma em sua versão top (LT) logo depois de sair do Celta mostra o quanto esse propulsor poderia acrescentar à linha se também fosse disponibilizado no pequeno hatch. A possibilidade de manter as rotações mais baixas melhora o conforto, e as boas respostas de aceleração aumentam o prazer de dirigir em altas rpm. Por isso, embora a GM ofereça o carro também com motor 1.0, vale a pena gastar um pouco mais e levar o 1.4. 

Uma das melhoras significativas do modelo 2012 está no volante. Além do visual mais caprichado, a empunhadura ficou macia e confortável, algo excelente para um veículo que, por servir essencialmente a famílias, vai passar boas horas na estrada. 

Já os problemas no interior do Prisma seguem em grande medida aqueles também encontrados no Celta: acabamento precário, muitas rebarbas e plásticos que parecem saídos de um brinquedo barato. Para um carro que pretende ser a "opção cara" do público que vai comprar seu primeiro zero km, essas falhas podem virar um problema. 

Na estrada, o sedã passa confiança até os 100 km/h. Passe disso e um velho problema do Prisma começa a aparecer: a instabilidade lateral, que fica ainda mais evidente nessa região do país assolada pelos fortes ventos. O mesmo porta-malas com capacidade para 439 litros parece ser o responsável por esse problema, que diminui a "segurança psicológica" do condutor. 

Visualmente, as mudanças exteriores elevaram discretamente o moral do design. A faixa cromada na bonita traseira do Prisma acrescenta requinte, mas a sensação de se estar diante do casamento de uma bela "bunda" com um rosto cansado - e de tamanho incompatível - permanece. 


Opinião: as mudanças no interior do Prisma vieram para melhor, especialmente no volante e no painel. A traseira também ficou mais bonita, mas ainda destoa da frente, que parece pequena demais para o sedã. O comportamento do motor 1.4 é muito bom e, em alguns momentos, chega a empolgar. As falhas de acabamento, no entanto, permanecem. Com o lançamento de um modelo 2012 em janeiro de 2011, a GM também corre o risco de irritar consumidores que acabaram de comprar o Prisma e que vão perder dinheiro por terem um modelo "desatualizado" nas mãos.




Lucas Bessel, do R7, em Porto Alegre*


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